Olhos claros sofridos, lágrimas secas pela tristeza, melodia da solidão, noites de luta sem sorrisos, dias amargos de ódio.
Um copo de alguma coisa sem gelo, flertes falsos, cigarros com pó e uma dança forçada. Sexo com alguém, e outro, quantas vezes, não existe fim. Nenhum abraço ou bom dia, apenas um chuveiro e uma Coca cola. Não precisa de almoço, mas sono.
Dinheiro de batalhas tristes, cortina cinza, velha, rasgada. Um beijo sem gosto, um tapa no rosto e muitos mundos diferentes, realidade assustadora, o relógio não para, o mundo também. Não existe nenhum modelo definido, cada qual com seu odor, suas frustrações ou desprezo. A rua não escolhe rosto, o caminho é curto e amargo.
Beleza roubada sem poesia, vidas secas sem sol ou sertão, o telefone precisa tocar, ela aprendeu que para vender sonhos, é preciso fechar os olhos e esquecer qualquer forma de amor.
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