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quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Primeira Liga - Um Frankestein de Insatisfeitos

É errada, um equívoco.

Mas pode ser um começo...

O futebol assim como na vida precisa do irmão mais próximo, daquele que você conhece desde suas primeiras palavras, que gosta de roubar o brigadeiro ou vencê-lo impiedosamente no jogo de botão ou Fifa. Precisa daquele vizinho que mora do lado, que você empresta a bola e não devolve, que te ajuda na discussão com o pessoal da rua de cima ou que saia na mão contigo seja por qualquer motivo.

O Flamengo precisa do Fluminense, ele é seu irmão, do Vasco, ele é seu vizinho. Precisa do Corinthians, ele é o carinha chato da rua de cima, o Santos, é o mala da rua ao lado... O Grêmio é irmão do Inter, meio "brother" do Avai e troca uma ideia com o Coritiba, moram no mesmo bairro. O Atlético é irmão e vive brigando com o Cruzeiro, ambos moram na rua mais acima que o Palmeiras, que é vizinho do São Paulo e moram na mesma "quebrada" que o Corinthians...

Todos vivem na mesma cidade, uma tal de Brasil, mas em bairros e ruas diferentes, e algumas até distantes... O campeonato da cidade é o mais importante (isso sem contar os campeonatos de fora...), mas aquela rivalidade de bairro, de vizinho é essencial para sobrevivência de todos.
Sem analogia, indo direto ao fato, a chamada "Primeira Liga" é um "Frankestein" de insatisfeitos com razão. É preciso romper, é preciso gritar! O cartolismo de algumas instituições é mais que arcaico. Mas é preciso mais! É preciso que a Copa Sul exista, que a Copa Sudeste seja criada, assim como já é sucesso a do Nordeste e Verde (Norte).

Para o torcedor (sem colocar os fatos políticos na discussão), não é possível, não é aceitável não ter o Vasco e o Botafogo. E ver um Atlético Paranaense e Fluminense antes da hora...

A cidade Brasil cresceu demais, nossos estaduais precisam continuar, mas que sejam classificatórios para as copas regionais. Como torcedor do Esporte Clube Taubaté (mora ali, pertinho da rua dos paulistas), tenho certeza que "demoraríamos" mais para jogar contra os vizinhos grandes, mas que seria muito mais empolgante ver um Flamengo, um Cruzeiro no "Joaquinzão" daqui há alguns anos.

Pode ser utópico, mas como escrevi, apenas uma ideia.

Um comentário:

  1. Para um país de dimensão continental o futebol une a todos de uma forma que poucas coisas conseguem, é engraçado o fato de mandatários de federações repudiarem e intervirem em "amistosos" que só fazem o futebol crescer. E o que seria do futebol, de várzea ao profissional, se não fossem as rivalidades com as turmas da rua de cima

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