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terça-feira, 16 de novembro de 2010

Paul McCartney é Taubaté!

Hoje vou contar uma história diferente...
Darei meu espaço nesse blog a um amigo que esteve na inesquecível decisão entre Taubaté x São José, esse amigo têm alguns "causos" incríveis para nos contar...
Acho melhor, você começar a leitura.

Chamo-me Péricles, tenho 56 anos (nasci no ano do primeiro acesso em 1954) e moro hoje em Londres, capital do Império Britânico. Sou nascido e criado em Taubaté, onde vivi até meus 27 anos. Moro há 29 anos longe de Taubaté, mas vou até duas vezes por ano a minha terra querida.

Hoje vou contar como vim para nessa chuvosa, fria e intensa cidade e como trabalho aqui. Essa história começa em 1974, quando aos vinte anos estive na Alemanha vendo minha primeira e última Copa do Mundo in loco. Lá conheci Catherine, uma loiríssima inglesa. E assim como eu, Catherine era apaixonada por Rock and Roll e futebol. Afinal, conheci a moça num momento um pouco triste de minha juventude, o Brasil perdia para a Holanda a sua primeira chance de se tornar tetracampeão mundial.

Catherine estava com amigas holandesas, elas bebiam cerveja e cantavam Yellow Submarine num bar próximo do estádio. De cara, rolou uma gozação, umas cervejas ,e toda frustração do time de Zagallo, fora pro espaço numa noite inesquecível.

Cath, (seu apelido) morava em Londres e conhecia ele... Paul McCartney. Acabando a Copa, voltei para o meu interior de São Paulo onde comecei em 1975 a cursar direito em Taubaté. Mas em Julho de 1978, pintou uma oportunidade de viajar. Fiquei entre a cruz e a espada, Cath ou Copa da Argentina?


Influenciado por amigos que viram algumas fotos de Cath, embarquei para Londres. Em nosso reencontro, a inglesinha estava mais linda do que nunca, mas acompanhada... Não, se você amigo leitor, pensa que era por Paul McCartney, resposta errada. Acompanhada por um garoto gordo inglês de dezoito anos que ela me apresentou como seu novo namorado. Na hora, fiquei com vontade de voar para Buenos Aires, Pequim, Moscou, qualquer canto menos aquela cidade.

Fiquei chateado! Na Copa pelo menos eu poderia conhecer uma bonita argentina. Mas eu não poderia imaginar, Cath, num português muito ruim conseguiu dizer "esse gordo é motorista de Paul, vamos conhecê-lo..."

Então veio uma dúvida em minha cabeça: Ela não é amiga dele? Descobri que o máximo que Cath chegou perto dele foi num show em 1967, quando ela tinha apenas onze anos, ela tinha mentido ao dizer que conhecia o astro inglês.

Era engraçado, o gordinho sardento tentava dar uns beijinhos, e Cath dizia que só após o verão pois era um mandamento de sua religião. Assim o inglês foi ficando cada vez mais apaixonado e por consequência, mais fácil de ser enrolado. Conseguimos no dia 25 um encontro com ele. Foi mágico, tomamos algumas cervejas e conversamos muito, principalmente sobre futebol. Paul é fã do nosso futebol. Discutimos a Copa de 78, o fim da carreira de Pelé, ele perguntou-me sobre Garrincha e no final ganhei alguns discos autografado e o presenteei com uma camisa de futebol do meu time no Brasil. Paul achou linda a camisa e disse que um dia iria assistir um jogo desse time.


O tempo passou e em novembro de 1979, Taubaté fervia... Meu time, aquele que o Paul disse que ainda iria ver jogar, aguardava a tão sonhada noite de quinta-feira, dia 29 de novembro. O Taubaté iria enfrentar seu arquirrival São José na decisão da Divisão Intermediária (2º divisão) de S. Paulo.

Na manhã de quinta-feira tocou meu telefone, dessa vez era ele mesmo. Paul foi informado por Cath (agora realmente sua amiga e funcionária de sua equipe de produção) sobre a decisão e disse que estaria torcendo a distância pelo Taubaté. Antes de desligar, Paul disse que iria ligar durante a partida para saber do andamento do clássico. Então passei o número do telefone da Rádio Cacique e combinei com um amigo funcionário da rádio para esperar a ligação mais importante de todos os tempos. Esse amigo tremeu quando ouviu o próprio Paul McCartney do outro lado da linha. Em segundos, Paul estava ao vivo nas ondas da rádio, fiquei maluco com aquilo! Estava na cabine no estádio Palestra Itália em São Paulo, o locutor da época era Getúlio Mendes, uma fera do rádio esportivo. Relatei que Paul iria ligar e passei o telefone da rádio, pois estaria no estádio e em 1979 não existia obviamente celular. Pois aos 40m do 2º tempo, quando o Taubaté já vencia por 2x1 e tocava a bola, Paul entrou no ar e gritou num português ensinado por Cath, a seguinte frase: Da lhe Burro!

Mas ai nesse exato minuto, a rádio teve uma pane e isso nunca ficou gravado, e tão pouco foi ao ar. Não importa, depois disso, larguei minha faculdade, e no ano seguinte me mudei para Londres. Casei com Cath em 1983 e temos um casal de filhos, o mais velho é assim como o pai um apaixonado torcedor do Arsenal e obviamente do nosso amado E. C. Taubaté.

Até os dias de hoje trabalho diretamente com o astro da música mundial e digo e afirmo: Paul até hoje pergunta do seu Burrinho da Central. Domingo e segunda, estaremos juntos em São Paulo e posso afirmar que ele ficou muito contente com a volta de Gilsinho e Gisiel. Liguei para o Fabricio (dono deste blog) e quem sabe, não consigo apresentar um ao outro.

3 comentários:

  1. Se isso realmente for verdade minha admiração por Paul McCartney aumentou exponencialmente!!
    Vai ter bom gosto pra time assim em Londres, viu!! haha

    bjuss

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  2. Que história fantástica, Fabrício!!!

    *Dê um beijo no Paul, e diz que eu mandei! ;))

    Outro beijo pra você...adoreiii o teu Blog! ;))

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  3. Vai se fuder Fabricio ..de onde vc tira essas coisas ´´Fantastico`` vc é o cara!

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